Entenda melhor as movimentações feitas na carteira de investimentos do MultiFlex

Já por ocasião da elaboração da Política de Investimento (PI) 2018-2022 do Plano Promon MultiFlex em dezembro passado, quando se discutia no âmbito da Direção e do Comitê de Investimentos da entidade a alocação da carteira frente ao cenário macroeconômico para o ano de 2018, a visão era de que este seria um ano desafiador para os investimentos.

Se, por um lado, a incerteza em torno do cenário eleitoral, a lentidão da recuperação econômica no Brasil, as dúvidas em torno do ritmo de elevação das taxas de juros nos Estados Unidos e todos os efeitos advindos dessa questão se mostravam os principais riscos do ano, por outro, o nível das taxas de juros no Brasil, com o CDI em patamares historicamente baixos, indicava que a obtenção de rentabilidades maiores passaria necessariamente por diversificação, assunção de riscos e volatilidade.

Ainda assim, a PI 2018-2022 do MultiFlex procurou dar preferência a alocações menos sujeitas às intempéries político-econômicas do Brasil, tal que priorizou a diversificação por meio de classes de ativos menos direcionais em função da conjuntura macroeconômica, procurando com isso limitar a exposição a riscos. Não previu alocação adicional em renda variável (ainda que os fundamentos das empresas indicassem espaço de alta para a bolsa) e buscou promover a realização de lucros na classe de renda fixa, notadamente por meio da venda de fundos IMA (títulos públicos com vencimento mais longo).

A PI priorizou ainda a alocação em fundos multimercados geridos por terceiros, dada sua maior capacidade de gestão ativa e proteção em momentos adversos. Por força das limitações legais, a alocação adicional em multimercados se deu na classe institucional, sujeita a uma série de restrições legais, e não na de investimentos estruturados.

Todos esses movimentos se mostraram acertados até o momento e ajudam a explicar a boa rentabilidade acumulada pelo Plano no ano.

A PI aprovou também o aumento da alocação em ativos de crédito privado e em investimentos no exterior por serem ativos menos correlacionados com as questões político-econômicas do Brasil, como já foi mencionado anteriormente. Entretanto, o efeito dessas duas últimas movimentações na carteira só se dará nos próximos meses, uma vez que, ainda que já tenham sido selecionados novos fundos de crédito para a carteira do MultiFlex, com alocação adicional de R$ 20 milhões, o desembolso efetivo só deve ocorrer a partir do terceiro trimestre do ano. O mesmo ocorre com relação a novos investimentos no exterior, tendo em vista que a Fundação vem realizando estudos em torno da estruturação de um novo mandato para esta classe de ativos.

Se você tiver alguma dúvida sobre este tema, contate a Fundação Promon, fpps@promon.com.br.

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