Entenda o que é volatilidade

Na hora de se fazer investimentos, a maior parte dos investidores acaba sempre olhando primeiro para a rentabilidade. Porém, a boa escolha passa pela análise cuidadosa do risco, que é a chance de o retorno do investimento acabar sendo diferente do que se esperava inicialmente.

Um ativo mais arriscado é mais volátil, com maior chance de perda (mas também de ganho, vale lembrar), enquanto um ativo mais seguro é menos volátil, porém com menor probabilidade de perder e de ganhar.

Como o risco precisa ser mensurado, a volatilidade é uma das medidas mais utilizadas no mercado financeiro para esse objetivo. Em uma linguagem bastante técnica, a volatilidade pode ser calculada de várias maneiras, contudo a mais utilizada é o desvio padrão da rentabilidade histórica, que é observada durante um determinado período e tem por objetivo assumir que os retornos dos ativos possuem distribuição estatística normal. A partir deste conceito, pode-se afirmar que o retorno de um investimento ao longo de um determinado período variará, com 68% de confiança, em uma volatilidade para mais ou para menos em torno do retorno esperado.

A volatilidade histórica é calculada pelas variações de preço ao longo de um determinado período. Serve como referência de estimativa para uma volatilidade futura, mas isso não significa que a previsão se concretizará.

Há vários tipos de risco que não são medidos pela volatilidade como o de crédito e de liquidez, por exemplo. De qualquer maneira, investidores com perfil conservador devem evitar investimentos com alta volatilidade.

O gráfico mostra o desempenho da quota do plano MultiFlex em 2018 (até julho), tanto do ponto de vista do retorno - rentabilidade | eixo Y - quanto do risco - volatilidade I eixo X -, em comparação com alguns índices de referência do mercado financeiro.

Repare que o MultiFlex apresentou até julho de 2018, um retorno de 5,1%, com volatilidade ligeiramente inferior a 2%, enquanto o Ibovespa, por exemplo, teve um retorno inferior a 4% e volatilidade muito mais alta, próxima a 19%.

Essa excelente relação de risco-retorno do plano é função da diversificação de sua carteira, que, em maior ou menor grau, está exposta a todos os índices indicados no gráfico, por meio de suas alocações correntes em renda fixa, renda variável, investimentos no exterior e nas demais classes de ativo.

A ideia geral é que, dado um determinado nível de volatilidade, a carteira deve ser a mais eficiente possível, por meio da alocação em ativos com comportamentos pouco correlacionados.

Em outras palavras, por meio da diversificação, o MultiFlex consegue maximizar o retorno da carteira correndo um risco menor. Embora não seja suficiente para garantir a ausência total de perdas, investir em ativos que reagem de modos diferentes às mesmas circunstâncias de mercado, reduz de maneira significativa o risco do portfólio.

Se você tiver alguma dúvida sobre este tema, contate a Fundação Promon, fpps@promon.com.br.

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